The Update #5 – PIX na Argentina, Big techs e energia nuclear, nova rede social Mozi, o ano do podcast (de novo), mais IA no Google Ads e o Metallica no Apple Vision Pro

Bom dia, meus amigos e amigas. Mais um Update chegando pra você.

Eu poderia fazer uma piada/analogia sobre o início oficial do ano no Brasil após o fim do carnaval, mas acho que vocês já ouviram isso em todos os outros lugares. Então fica só o pensamento mesmo.

Mas o fato é que os dois primeiros meses do ano foram de muito trabalho para quem surfou na onda das oportunidades. Começando pela Belo, startup argentina que aproveitou a alta no turismo dos argentinos no Brasil pra criar uma oferta de pix e bater de frente com as casas de câmbio tradicionais.

Já no hemisfério norte, continuamos vendo o avanço da influência das big techs na política, mais uma tentativa de rede social diferentona sendo criada e muita discussão sobre o futuro no SXSW.

Esta é a 5a edição do The Update e eu queria te convidar para fazer igual ao Bruno Volpato e recomendar a newsletter para seus amigos.

PS: Bad timing com a derrota do Grêmio ontem, mas a vida é feita de tropeços também. E não, não vou linkedizar isso, perdeu e já era. Vida que segue.

Eu ainda não defini os prêmios, mas o sisteminha de indicação já está funcionando. Só usar o link abaixo ou encaminhar essa newsletter para alguém!

Retribuindo, espiem o blog do Volps também, sempre bem humorado e reflexivo, como poucas pessoas conseguem fazer. Aqui: https://brunovolpato.blog.br/

Espero que você goste da edição de hoje. Valendo!

Updates da semana

  1. 💸 PIX para argentinos? Startup já movimentou mais de US$ 150 milhões em 2 meses

  2. ☢️ Big Techs e Energia Nuclear – A nova corrida pelo futuro da eletricidade

  3. 🆕 Mozi: a nova rede social do cofundador do Twitter quer tirar você da tela

  4. 📢 Google Ads libera IA para criação de imagens humanas em anúncios

  5. 🎙️ 2025 será de novo o ano do podcast? Foi o que andaram falando no SXSW

  6. 🎸 Metallica no Vision Pro – Experiência imersiva leva você para o show sem sair de casa

💸 PIX para argentinos? Startup já movimentou mais de US$ 150 milhões em 2 meses

Os hermanos descobriram e tomaram gosto por algo que o brasileiro já não vive mais: o onipresente pix.

Acostumados a passarem os verões no Brasil e a lotarem as praias, até então os argentinos tinham como opção as casas de câmbio tradicionais e o cartão de crédito para conversão.

Quem entendeu essa oportunidade e aproveitou para surfar a onda (talvez literalmente também, na Joaquina ou no Campeche) foi a startup Belo.

Com uma integração baseada em stablecoins, a fintech permite que turistas argentinos convertam pesos para reais automaticamente e paguem no Brasil via Pix. O resultado? Mais de US$ 150 milhões movimentados em apenas dois meses.

Mas a Belo não quer parar por aí. Além de expandir suas operações para o Brasil e México, a fintech está desenvolvendo novos serviços de câmbio digital, pagamentos cross-border e integração com criptomoedas. Tudo isso para se transformar em um player relevante no mercado latino-americano.

Se o sucesso do Pix no Brasil já foi um marco, será que ele pode se tornar o padrão financeiro de toda a América Latina?

☢️ Big Techs e Energia Nuclear – A nova corrida pelo futuro da eletricidade

Amazon, Google e Meta decidiram entrar pesado no setor de energia nuclear. Em um movimento coordenado, as gigantes da tecnologia assinaram um compromisso para triplicar a capacidade nuclear dos EUA até 2050.

A razão principal pode ser a crescente demanda de eletricidade para data centers, inteligência artificial e computação em nuvem.

A Amazon foi a primeira a fazer um grande movimento, investindo mais de US$ 1 bilhão no setor. Já a Meta tem planos de adquirir até 4 gigawatts de energia nuclear para alimentar seus servidores e garantir um fornecimento estável para Facebook, Instagram e WhatsApp. O Google também está na jogada, com parcerias estratégicas para tornar seus data centers mais sustentáveis e menos dependentes de combustíveis fósseis.

Atualmente, os EUA contam com 93 reatores nucleares em operação, mas para atingir a meta das Big Techs, será preciso um salto gigantesco na produção.

A questão é: o setor conseguirá superar os desafios regulatórios e os receios históricos sobre segurança nuclear?

O que está claro é que as empresas de tecnologia precisam de muita energia para ontem. E como comentamos na edição anterior, as bigh techs estão com cada vez mais influência política, o que deve acelerar bastante tomadas de decisão deste calibre.

🆕 Mozi: a nova rede social do cofundador do Twitter quer tirar você da tela

Ev Williams, um dos criadores do Twitter, quer reinventar a forma como nos conectamos online. Sua nova aposta, a Mozi, propõe uma experiência radicalmente diferente das redes tradicionais: menos perfis, menos métricas e mais encontros no mundo real.

Diferente das plataformas convencionais, a Mozi não exibe perfis públicos nem contagem de seguidores. Segundo Williams, as redes sociais atuais se tornaram mais sobre mídia e entretenimento do que sobre relações humanas genuínas.

Para resgatar essa essência, a Mozi traz funcionalidades que incentivam encontros presenciais:

  • Alertas quando contatos estão na mesma cidade.

  • Eventos compartilhados entre amigos.

  • O recurso “Local Plans”, que permite divulgar planos e facilitar encontros.

A startup já levantou US$ 6 milhões em financiamento, com o apoio de investidores como Dave Morin (Path) e Dennis Crowley (Foursquare). Com esse respaldo, a Mozi pretende atrair um público cansado da lógica das redes sociais atuais e em busca de interações mais autênticas.

Vem aí uma era pós-algoritmos?

📢 Google Ads libera IA para criação de imagens humanas em anúncios

O Google Ads lançou uma ferramenta que pode balançar o mercado de marketing digital: imagens de pessoas geradas por IA. A funcionalidade permite que anunciantes criem rostos humanos do zero, ajustando idade, gênero, etnia e características demográficas, sem precisar de bancos de imagem ou sessões de fotos.

A tecnologia, baseada no Imagen 3, o modelo de IA do Google, pode dar um salto na personalização de campanhas publicitárias. No entanto, a novidade também levanta debates sobre ética e autenticidade. Como identificar se uma imagem é real ou gerada por IA? E como isso impacta o mercado de fotógrafos e modelos?

Para evitar abusos, o Google afirma que todas as imagens criadas terão uma marca d’água digital e seguirão diretrizes rígidas de moderação. Mas isso será suficiente para evitar deepfakes e desinformação?

A publicidade está entrando na era dos anúncios cada vez mais automatizados, e tem sido assim desde sempre na verdade. Resta saber se as empresas vão conseguir personalizar melhor as mensagens ou se vão entrar em uma linha de campanhas muito genéricas ou descuidadas.

🎙️ 2025 será de novo o ano do podcast? Foi o que andaram falando no SXSW

Todo ano a história se repete no mundo do marketing. A morte do SEO, a morte do email marketing e, mais recentemente, o ano do podcast.

Novamente o formato segue como grande aposta para o ano. E de acordo com pessoas influentes do mercado, os podcasts ainda não atingiram o seu auge.

O SXSW de 2025 trouxe discussões sobre a convergência entre áudio, vídeo e publicidade, reforçando que o formato não só sobreviveu à revolução digital, como pode se tornar a grande mídia do ano.

Um grande defensor da tese é Scott Galloway, professor da NYU Stern e um dos analistas mais influentes do marketing digital. Segundo ele, os podcasts estão assumindo um espaço que antes pertencia à TV e ao rádio, tornando-se canais essenciais para distribuição de notícias, informação e até influência política.

Números relevantes e influência poderosa na opinião pública

O formato já tem números sólidos para justificar o hype: 50% dos adultos americanos ouviram pelo menos um podcast no último mês, e o áudio tem sido a mídia que mais cresce em receitas publicitárias.

A ascensão dos podcasts tem tudo a ver com a mudança no comportamento do público. Enquanto redes sociais estimulam consumo de conteúdo fragmentado, o áudio permite um envolvimento mais profundo, seja em formato tradicional ou videocast.

O impacto vai além do entretenimento: podcasts políticos tiveram um papel decisivo nas últimas eleições dos EUA, provando que o formato não é apenas entretenimento, mas também uma ferramenta poderosa para formação de opinião.

Desafio: transformar a popularidade do formato em sustentabilidade financeira

Apenas 0,1% dos 600 mil podcasts publicados semanalmente são realmente lucrativos. Para muitos criadores, o modelo de monetização ainda é um campo nebuloso.

No entanto, com o avanço das integrações entre áudio, vídeo e publicidade, o podcast pode estar prestes a entrar em sua fase mais lucrativa.

Se o SXSW 2025 estiver certo, este é o ano em que os podcasts vão finalmente consolidar seu espaço como uma mídia essencial no ecossistema digital.

Mas tudo indica que 2026 será novamente o ano do podcast. Bom pra quem aproveita o formato.

🎸 Metallica no Vision Pro – Experiência imersiva leva você para o show sem sair de casa

Quem acompanha a cena musical sabe que o Metallica está sempre nas cabeças quando se trata de tecnologia e inovação. A banda agora está apostando alto na imersão digital ao disponibilizar um de seus shows mais icônicos em um formato totalmente novo: uma experiência 3D no Apple Vision Pro.

Gravado com 14 câmeras de alta definição, o show realizado na Cidade do México em 2024, permite que os fãs tenham uma visão de 180° do palco, com áudio espacial que recria a sensação de estar no meio da plateia. A novidade faz parte da estratégia da Apple para tornar o Vision Pro um hub de entretenimento imersivo, trazendo experiências que vão além dos filmes e jogos.

O projeto reforça um novo modelo para a indústria da música: shows que podem ser assistidos de qualquer lugar do mundo, sem filas, sem ingressos esgotados e sem precisar sair de casa. Mas será que o público vai abraçar essa ideia ou a experiência de um show presencial ainda é insubstituível?

O Vision Pro pode estar definindo o futuro do entretenimento, mas só o tempo dirá se o público está pronto para trocar o suor da pista pela realidade imersiva.

Substituir é improvável, mas que deve ser maneiro, isso deve.

🤓 Curtas

📱 iPhone 17 Air: vazamento revela tamanho e visual do aparelho ultrafino (via Olhar Digital).

😴 TikTok lança 'Hora do Sono' e mais recursos para reduzir tempo de tela de adolescentes na rede social (via G1).

📉The Electric State: filme mais caro da história da Netflix estreia com avaliação desastrosa (via Forbes).

🥁 Green Day fará outros shows no Brasil além do The Town (via Tracklist).

🎸 Turnê do Oasis vai ganhar filme do criador de 'Peaky Blinders' (via Terra).

📻 Radiohead registra nova empresa e levanta especulações sobre álbum e turnê (via Rolling Stone).

🐶 Pedigree lança campanha para reconhecimento de vira-lata caramelo (via Meio e Mensagem).

🌟 Recomendações

O que andei ouvindo, lendo, assistindo, estudando ou outra atividade nos últimos 7 dias.

📚 Howard Schultz - Dedique-se de coração: A história de como a Starbucks se tornou uma grande empresa de xícara em xícara - Howard Schultz, apesar de ter sido CEO, não foi o fundador da Starbucks, mas encontrou na empresa uma oportunidade de ouro e uma identificação que mudou a sua vida e os rumos do negócio. Bela história que merece ser compartilhada. Leia aqui na Amazon.

🎵 Neil Young - Oceanside Countryside: Álbum gravado originalmente em 1977, mas que permaneceu inédito até a semana passada. Excelente presente para os fãs do músico canadense. Ouvir no Spotify.

📝 Post - Volto do SXSW mais uma vez confuso: Reflexão no mínimo interessante do Leandro Herrera, CEO da Tera, sobre o hype do SXSW. Leia aqui no Linkedin.

Acabou!

Obrigado por chegar até aqui. Abaixo comenta o que você achou da edição e se preferir pode me responder aqui. Eu leio todos os emails!

Até a próxima segunda-feira. Uma ótima semana pra você!

Abraço!

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O que é o Update?

Para quem olha pra frente e quer espiar o futuro. O Update é feito para manter você atualizado não só sobre o que aconteceu, mas sobre o que está acontecendo.

Aqui você encontra uma seleção de atualizações que estão impactando o mundo no presente contínuo. E, às vezes, no futuro do presente. Talvez não dê pra prever, mas dá pra imaginar o que vem por aí.

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