🤔 Qual tipo de rede social você quer?

Esta tem sido uma discussão complexa nos últimos dias por conta de vários episódios que têm ocorrido nas redes sociais, na tecnologia e na política internacional.

O primeiro, que falamos aqui em outra edição, é sobre a descontinuação da moderação de comentários da Meta.

O segundo trata da posse de Donald Trump como presidente dos EUA e a presença massiva dos líderes das maiores empresas tech. Não apenas a presença, mas também alguns acenos políticos ao novo governo.

Provavelmente, você viu a foto com todos eles (se não viu, uma delas está abaixo). Elon Musk foi o mais animadinho de longe, parecia que era o dono da festa. Mas lá também estavam Mark Zuckerberg (Meta), Jeff Bezos (Amazon), Tim Cook (Apple), Sundar Pichai (Google), Sam Altman (OpenAI) e Shou Zi Chew (TikTok), entre outros.

Também houve o impasse em relação ao TikTok. Vai ser bloqueado ou não? Pode ser que seja, pode ser que não, mas ninguém pode dar certeza ainda. E como foi comentado aqui, mesmo que esse episódio esteja ocorrendo nos EUA, isso vai impactar no Brasil de alguma forma.

Estes episódios levantam muitos questionamentos e desconfianças. E é inevitável falarmos disso porque as redes sociais já se tornaram praças públicas e faz um bom tempo em que o offline e o online se misturam. Ou seja, não é só sobre social media, é sobre a sociedade.

Existe rede social perfeita?

Qual seria o melhor nesse momento? Dá pra dizer que, assim como há uma forte polarização política, também há polarização sobre como devem ser as redes sociais hoje?

De um lado, há quem defende a regulamentação, com regras mais rígidas e inclusive bloqueios de conteúdos com a justificativa de evitar desinformação, fake news, preconceitos e crimes de ódio. Do outro lado, temos quem defende uma rede social super aberta, com plena liberdade de expressão com a justificativa de evitar a censura.

Agora, qual o meio termo disso? Ou existe meio termo? Tem como moderar a rede sem censurar? Tem como deixar a rede livre sem desinformar?

É difícil encontrar soluções simples para problemas complexos, então talvez a resposta ainda não exista. É muito provável que nesse momento isso seja uma utopia e a gente não consiga ter a rede social ideal.

Você tem algum lado ou prefere um meio termo? E se você fosse o CEO de uma rede social? Como ela seria?

🎥 O Brasil no Oscar com Ainda Estou Aqui

Será que agora vem? O longa Ainda Estou Aqui foi indicado em 3 categorias do Oscar: Melhor filme, Melhor filme internacional e Melhor atriz (Fernanda Torres, vencedora do Globo de Ouro).

Esta é a primeira vez que um filme brasileiro é indicado na categoria de Melhor Filme na história do Oscar e a quinta indicação na categoria de Melhor Filme Internacional. Os outros indicados foram "O Pagador de Promessas" (1963), "O Quatrilho" (1996), "O que é isso companheiro?" (1998) e "Central do Brasil" (1999).

Aliás, há 26 anos, Central do Brasil não apenas foi indicado a Melhor Filme Internacional, mas também rendeu uma indicação de Melhor Atriz a Fernanda Montenegro. Mãe e filha escrevendo juntas uma bela história no cinema internacional.

Com quem Ainda Estou Aqui concorre? Estes são os indicados nas 3 categorias:

Melhor Filme

• A Substância

• Ainda Estou Aqui

• Anora

• Conclave

• Duna: Parte 2

• Emilia Pérez

• Nickel Boys

• O Brutalista

• Um Completo Desconhecido

• Wicked

Melhor Filme Internacional

• A Garota da Agulha - Dinamarca

• A Semente do Fruto Sagrado - Alemanha

• Ainda Estou Aqui - Brasil

• Emilia Pérez - França

• Flow - Letônia

Melhor Atriz

• Cynthia Erivo - Wicked

• Demi Moore - A Substância

• Fernanda Torres - Ainda Estou Aqui

• Karla Sofía Gascón - Emilia Pérez

• Mikey Madison - Anora

Não dá pra prever uma vitória brasileira aqui, mas dá pra ter certeza de que o Brasil vai fazer o maior barulho em todas as redes sociais do Oscar, assim como foi no Globo de Ouro. Se vencer em alguma categoria, a internet quebra, pode ter certeza!

📣 TikTok nos EUA: saiu do ar e já voltou, mas ainda há impasse (e como isso pode afetar você que trabalha com marketing)

Na madrugada do dia 19, o TikTok se tornou inacessível nos EUA, conforme era de se esperar. Mas Donald Trump atropelou a decisão da Suprema Corte e deu mais prazo para a empresa encontrar uma solução.

Recapitulando o caso em três parágrafos:

Em 2024 foi aprovada no Congresso e sancionada pelo então presidente Joe Biden uma nova lei que obriga a ByteDance, controladora do TikTok, a vender a operação norte-americana da rede social a uma empresa local.

O argumento da nova legislação é “resguardar a segurança nacional" e prevenir que uma empresa com origem em outro país possa coletar dados de dezenas de milhões de americanos. O governo dos EUA tem receio de que os dados privados dos usuários norte-americanos sejam usados pelo governo chinês para atividades de espionagem.

A ByteDance negou essa possibilidade e recorreu, mas perdeu. Por unanimidade, a Suprema Corte votou favorável à decisão, o que fez com que o aplicativo ficasse inacessível para 170 milhões de usuários norte-americanos.

Como isso afeta os brasileiros?

Do ponto de vista do acesso, nada. O TikTok não tem expectativa de ser bloqueado no Brasil e você pode continuar acessando normalmente a rede. Inclusive, siga lá @theupdate.com.br (não tem nada ainda, só garantimos o @)

Mas pode afetar o consumo de conteúdo, já que há muitos criadores norte-americanos que estão agora sem acesso. As contas não foram bloqueadas, mas com o bloqueio, não há como criar nada novo, por enquanto.

RedNote, nova rede social queridinha dos TikTokers exilados

Mark Zuckerberg e Elon Musk poderiam estar comemorando a queda de um forte competidor. Mas a ironia do destino existe e quem está ganhando mesmo é outra rede social chinesa, o Rednote.

O RedNote tem algumas semelhanças com o TikTok e conta com 300 milhões de usuários mensais ativos. Nas últimas semanas, tem registrado um aumento de quase 300% de downloads nos EUA.

Uma historinha sobre depender de rede social no marketing

"Não construa sua casa em terreno alugado”. Não sei quem falou isso, mas essa é uma grande verdade já difundida há décadas, especialmente no digital.

Justo ou não, quando você coloca todo o seu conteúdo em plataformas que não são suas, você fica refém das políticas delas (por mais que você não tenha lido, você aceitou os termos e condições) e de suas consequências.

Isso até lembra um caso famoso no Brasil, de uma influenciadora que gastou uma nota reformando um apartamento alugado. A proprietária do ap, ao ver a valorização, aumentou o preço do aluguel, o que forçou a inquilina a deixar o imóvel. Adeus, economias!

A propósito, vocês viram que o feed do Instagram mudou essa semana, né? Isso deu uma bagunçada em muitos perfis, especialmente em empresas que faziam mosaicos em suas vitrines. Antes o formato era quadrado, agora é vertical, parecido com… ele mesmo, o TikTok.

É pouco viável que as redes sociais não façam parte de uma estratégia de marketing. Pode não ser impossível, mas não ter presença em social media diminui as oportunidades. Porém, a única forma de se proteger de algoritmos que você não comanda e de decisões políticas além do seu controle, ainda é tendo a boa e velha combinação de: site próprio + lista de emails.

Falando nisso, se você acessar theupdate.com.br e se inscrever na news, vai receber sempre por email, mesmo que um dia essa rede social caia (pouco provável) ou que o algoritmo mude e não entregue este conteúdo para você (muito provável).

🤓 Curtas

🌟 Recomendações

O que andei ouvindo, lendo, assistindo, estudando ou outra atividade nos últimos 7 dias.

📚 Leitura: Gary Keller - A Única Coisa - Excelente leitura especialmente para quem tem dificuldade em definir um foco e quer fazer de tudo ao mesmo tempo. Fazer menos é fazer mais e para cada “não” que você diz você protege um valioso “sim”. Vale a pena. Link afiliado da Amazon aqui.

📺 Série: Bem-vindos à vizinhança - Cartas sinistras. Vizinhos estranhos. Ameaças obscuras. Uma família se muda para a casa dos sonhos, mas logo descobre que herdou um pesadelo. Esta sinopse me pegou porque, quem me conhece, sabe que eu já vivi algo parecido em uma casa dos sonhos. Um dia conto melhor aqui e se você ficou curioso, me responda que eu acelero a história!  Disponível na Netflix.

📝 Relatório: Carta State of Startups 2024 - Estudo aprofundado sobre o mundo das startups e os investimentos em venture capital no ano passado. Em resumo: houve maior investimento em 2024 do que em 2023, mas o estudo de 100 páginas detalha muito mais. Acesse aqui.

O que é o Update?

Para quem olha pra frente e quer espiar o futuro. O Update é feito para manter você atualizado não só sobre o que aconteceu, mas sobre o que está acontecendo.

Aqui você encontra uma seleção de atualizações que estão impactando o mundo no presente contínuo. E, às vezes, no futuro do presente. Talvez não dê pra prever, mas dá pra imaginar o que vem por aí.

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